sábado, 13 de julho de 2013

O homem de Aço - Visão do filme

By Nando Brooks

        Iniciar a minha visão deste filme sem resgatar um pouco do seu precursor de 1978 poderá ser visto como heresia por alguns fãs do azulão nos cinemas, entretanto não serei irresponsável em fazer comparação, já que trata-se de duas coisas completamente diferentes, a não ser, claro, pelo uso do cânone.
        Homem de aço nos mostra um Super-man repleto de dúvidas sobre o mundo e sobre si mesmo, que se segura psicologicamente na educação que recebeu de seu pai adotivo, em outras palavras, se esconder até que perceba quando poderá ser visível aos olhos de um planeta cheios de dogmas, onde a presença de uma certeza alienígena poderia destruir tudo aquilo que este mundo acreditava até então.
       Apesar da tentativa dos escritores que tal coisa acontecesse, acabou-se se perdendo este filão de ideia e mais uma vez o povo terrestre engoliu sem cuspir mais esta novidade. No entanto não é devidamente um defeito no filme, apenas uma observação, já que foi colocado tanto durante a produção que Man Of Steel seria uma jornada dentro da cabeça de um Ka-El sem identidade ainda. Confesso que pareceu isso no início, mas acabou se perdendo em algum ponto.


       Sem contar o filme, destaco a atuação de Michael Shannon que criou um General Zod realmente surtado em todos os sentidos. Você consegue quase que sentir suas emoções durante suas falas. Acredito que virá a se tornar uns dos vilões mais queridos pelos fãs. Na verdade acredito que todos os personagens associados a Zod terão um espaço no coração de todos.
       Outro personagem realmente emblemático neste filme foi Krypton. Finalmente vemos um planeta realmente alienígena para este universo do Super-man. Para quem estava na lembrança uma Krypton semelhante à bola de gelo do filme de 78 terá uma boa e necessária surpresa. Os quase 20 minutos de Krypton realmente acalenta os olhos, além claro de toda a participação de seus moradores, com destaque para a atriz Ayelet Zurer que nos poucos minutos como Lara- El brinda a todos com uma visão de uma mulher forte e de porte romano digna da mãe de um Super-man. Russell Crowe também fez seu dever de casa direitinho, mas nada que já não tenha mostrado em outros filmes que pediu menos de sua veia artística. Diferente de Kevin Costner que me fez perceber o quanto este ator é bom e como faz falta seu rosto em mais filmes que dependem de momentos dramáticos. Ele esteve pouco tempo no filme, mas você irá gostar de cada segundo dele ali. 
       Amy Adans como Lois Lane não faz feio, mas acredito que faltou mais alma nas palavras dadas a ela pelos roteiristas. Lois em alguns momentos parece perdida no filme e nem as explicações mirabolantes que aparecem faz com que você compre ela naquela ou em outra cena, porém não faltará gritos e salvamentos aéreos, Do jeito que muitos fãs gostam.
       Por fim temos um novo homem de aço nas telonas. E desta vez não foram poupados músculos para compor o personagem. Henry Cavill vendeu bem o personagem e eu comprei sem nenhum receio. Seu Kal-El é mais humano e mesmo você sabendo tudo que o personagem pode fazer com seus poderes, você ainda consegue sentir a sensibilidade e fraqueza do mesmo, chegando a sentir pena dele em algumas cenas. Aqui temos mais o Clark Kent do que realmente o Super-man.
       Em suma é um filme que merece ser visto mais de uma vez e, se possível dublado, já que as vozes dos personagens principais são as mesmas do desenho animado, dando um ponto positivo para quem não gosta de filme legendado.

Bom filme.